terça-feira, 21 de setembro de 2010

Uma Escola Possivel?

Uma escola possível

Penso que se uma escola pudesse ter um espaço acolhedor, primeiramente, muitos dos problemas de insuficiência de “ordem” seriam resolvidos.
Tudo deve começar pelo ambiente. Um ambiente que pode ter a cara dos próprios alunos, pode ate ser feito pelos próprios alunos. Pode ter cores vivas, jardins com verdes gramados, arvores que tocam o céu, frutas, flores, e a arte dos alunos espalhadas pelos quatro cantos da escola.
Certamente é preciso entrar em questões políticas para situar essa escola no campo da possibilidade, visto que essa escola só dará certo se o numero de alunos em cada sala de aula for reduzido pela metade. Ou seja, de 40 a 50 alunos cairíamos para uma quantia razoável de 20 a 25 alunos por turma.
Portanto, obviamente, nossos políticos teriam por obrigação, que abrir novos espaços para a aprendizagem. O que a meu ver, não seria um gasto muito maior do que o que já existe hoje com burocracias absurdas e idéias inúteis.
Vou citar alguns exemplos de como o dinheiro publico direcionado a educação é mal gasto, e isso, creio que intencionalmente. Essa semana tivemos um provão na escola, e para cada professor da escola foram imprimidos pilhas e pilhas de papéis que serão jogados brevemente no lixo. Assim como a impressão de diversos livros didáticos voltados para a questão pedagógica escolar, mas que se resumem a pedagogias baratas e nulas, posto que pouco ou nada possuam de aproveitamento nas aulas dos professores.
Longe de mim criticar sem conhecimento de causa. Vi e conheci cada detalhe minucioso dessas praticas escolares, mas, infelizmente, não puder tirar proveito de absolutamente nada para o meu comportamento pedagógico ao lecionar uma aula.
Quero apenas indagar o quanto o dinheiro publico é investido em coisas nulas, dinheiro jogado no lixo! O maior exemplo de todos, e que todos os que trabalham nas escolas tem conhecimento, é o caso dos computadores que ano após ano chegam empacotados nas escolas, e que nunca são expostos aos alunos, ou seja, muito desse material é jogado às tralhas nas escola, e custam um valor altíssimo!
Sem contar os livros que os alunos receberam do governo esse ano, livros caros, de literatura fina, coisa digna de primeiro mundo! Mas quanta generosidade tem o nosso ilustre governador! Distribui brioches aos famintos! Dá o melhor da poesia e da literatura universal à quem não sabe ler e escrever! E isso para mim é demais! Pude ate ouvir os rumores dos meus alunos que queriam vender os livros, ou doa-los ou simplesmente queima-los em noites de frio! Observem o absurdo da educação atual no estado de São Paulo...
Creio que com esses exemplos já pude reunir provas suficientes da “burrice” de quem esta administrando o dinheiro publico. Ou melhor, não tão burrice assim. Afinal de contas, manter a alienação das camadas menos abastadas da sociedade é prova de uma tremenda e sagaz falcatrua!
Pelos pormenores, a idéia do texto era trazer a possibilidade de viabilizar uma escola publica sem alguns dos problemas encontrados atualmente, tais como, casos de violência, de insanidade, de perda de identidade, de enganação, e principalmente da perda do valor do próprio ser humano que se esquiva cada vez mais de si mesmo e se expõe a degradações severas impostas pelo sistema educacional. E isso serve para TODOS os envolvidos direta ou indiretamente com a educação.
Então se a idéia era essa... Ruminemos!





Começamos com a política...

1º) Cada escola deve ter autonomia de idéias, financeira e política.

2º) Construir-se-ão novas escolas com a finalidade de diminuir a quantidade de alunos em sala de aula.

3º) O espaço deve ser criado pelos próprios alunos.

4º) No ensino fundamental devem-se privilegiar as disciplinas que envolvem os alunos em tarefas cotidianas, tais como plantar, cultivar, cozinhar, tocar um instrumento musical, pintar, ler e escrever e educar o corpo na educação física.

5º) Para o ensino médio ficariam voltadas as disciplinas mais próximas ao interesse dos alunos, com a finalidade de direcioná-los ao mercado de trabalho. Portanto as áreas mais exigidas seriam aquelas nas quais os alunos demonstrem maior interesse.

6°) Não haveria nenhuma abordagem pedagógica especifica em cena. O trabalho seria criado de acordo com as necessidades de cada ser humano.

Um comentário:

  1. boa iniciativa. 1) teoricamente é um fato, contudo,a indisposição ou falta de interesse dos administradores (diretores, professores etc.) diz o contrário. Efetivamente tem que ser posto em prática. 2)Urgente! 3) Acredito que primeiramente deva ser discutido qual a noção de espaço de cada um, afinal, o que é espaço? Qual é o espaço da própria educação?Que espaço necessita a filosofia para empreender sua busca ("ensino")? Vide a própria história da filosofia que se confunde com a da educação. 4)Porque? 5) não acredito numa educação cuja finalidade seja o mercado de trabalho unicamente. 6)"O trabalho seria criado de acordo com as necessidades de cada ser humano."
    já é um conceito pedagógico melhor que o convencional. é preciso muita vocação para implementar esta visão em nosso sistema de ensino que não visa formar indivíduos pensantes, autonômos, livres, e sim manadas controladas. para o mercado de trabalho: formar o profissional-consumidor.
    acho que é isso...parabéns pela iniciativa. bj. aquiles.

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